Provão de Português
1.
Leia as orações GRIFADAS a seguir e assinale a opção correta:
I
- Não deixes de estudar, pois amanhã
haverá prova.
II
- O menino tinha vocabulário minguado, por isso valia-se de gestos.
III
– As eleições mudam os governos, mas não os reformam.
IV
– Deixou a escova, apanhou um frasco de perfume...
a)
assindética, conclusiva, adversativa, aditiva
b)
alternativa, conclusiva, adversativa, aditiva
c)
alternativa, explicativa, aditiva, conclusiva
d)
explicativa, conclusiva, adversativa, assindética
2. Assinale a opção em que o verbo seja de
ligação:
a) O jogo continuou no
estádio do Maracanã.
b) O meu irmão lavou o carro
para o meu pai.
c) Raimunda está em Recife.
d) Ele tornou-se um homem
digno e honesto.
3. Predicado é:
a) a informação que prestamos
a respeito do sujeito.
b) a qualidade que informa a
ação do sujeito.
c) todo enunciado que tem
sentido completo. A frase pode ou não ter verbo.
d) a informação que tem
sentido completo, podendo ou não ter verbo.
4. “ Imagino a viúva do piloto que foi
assassinado covardemente por esta besta humana (...) Coitadinho desse
assassino.” A figura de linguagem presente
nesta sentença é:
a) ironia b) hipérbole c) metonímia d) metáfora
5.
Assinale a opção em que todas as palavras estejam escritas corretamente;
a)
pusesse – multicolorir – antisocial – viajem (substantivo)
b)
viagem (verbo) – anti social – puzesse – multicolorir
c)
quisesse – pusesse – viajem (verbo) – antissocial
d)
viagem (substantivo) – giló – quizesse – êmulo (rival)
Leia o texto abaixo para responder as questões de 05 a 10
VISITA
Sobre a minha mesa, na redação do jornal,
encontrei-o, numa tarde quente de verão. É um inseto que parece um aeroplano de
quatro asas translúcidas e gosta de sobrevoar os açudes, os córregos e as poças
de água. É um bicho do mato e não da cidade. Mas que fazia ali, sobre a minha
mesa, em pleno coração da metrópole?
Parecia morto, mas notei que movia
nervosamente as estranhas e minúsculas mandíbulas. Estava morrendo de sede,
talvez pudesse salvá-lo. Peguei-o pelas asas e levei-o até o banheiro. Depois
de acomodá-lo a um canto da pia, molhei a mão e deixei que a água pingasse
sobre a sua cabeça e suas asas. Permaneceu imóvel. É, não tem mais jeito —
pensei comigo. Mas eis que ele se estremece todo e move a boca molhada. A água
tinha escorrido toda, era preciso arranjar um meio de mantê-la ao seu alcance
sem, contudo afogá-lo. A outra pia talvez desse mais jeito. Transferi-o para
lá, acomodei-o e voltei para a redação.
Mas a memória tomara outro rumo. Lá na
minha terra, nosso grupo de meninos chamava esse bicho de macaquinho voador e
era diversão nossa caçá-los, amarrá-los com uma linha e deixá-los voar acima de
nossa cabeça. Lembrava também do açude, na fazenda, onde eles apareciam em
formação de esquadrilha e pousavam na água escura. Mas que diabo fazia na
avenida Rio Branco esse macaquinho voador? Teria ele voado do Coroatá até aqui,
só para me encontrar? Seria ele uma estranha mensagem da natureza a este
desertor?
Voltei ao banheiro e em tempo de evitar
que o servente o matasse. “Não faça isso com o coitado!” “Coitado nada, esse
bicho deve causar doença.” Tomei-o da mão do homem e o pus de novo na pia. O
homem ficou espantado e saiu, sem saber que laços de afeição e história me
ligavam àquele estranho ser. Ajeitei-o, dei-lhe água e voltei ao trabalho. Mas
o tempo urgia, textos, notícias, telefonemas, fui para casa sem me lembrar mais
dele.
GULLAR, Ferreira. O menino e o arco-íris e outras crônicas. Para
gostar de ler, 31.
São Paulo: Ática, 2001. p. 88-89
6. Ao encontrar um inseto quase morto em sua mesa, o homem:
a) colocou-o dentro de um pote de água.
b) escondeu-o para que ninguém o matasse.
c) pingou água sobre sua cabeça.
d) procurou por outros insetos no escritório.
7. O homem interessou-se pelo inseto porque:
a) decidiu descansar do trabalho cansativo que realizava no
jornal.
b) estranhou a presença de um inseto do mato em plena cidade.
c) percebeu que ele estava fraco e doente por falta de água.
d) resolveu salvar o animal para analisar o funcionamento do seu
corpo.
8. A mudança na rotina do homem deu-se:
a) à chegada do inseto na redação do jornal.
b) ao intenso calor daquela tarde de verão.
c) à monotonia do trabalho no escritório.
d) à transferência de local onde estava o inseto.
9. Em “Não faça isso com o coitado!”, a palavra sublinhada
sugere sentimento de:
a) afeição
b) crueldade
c) desprezo
d) esperança
10 A presença do inseto na redação do jornal provocou no homem:
a) curiosidade científica.
b) sensação de medo.
c) medo de pegar uma doença.
d) lembranças da infância.
Gabarito
1. D
2. D
3. A
4. A
5. C
6. C
7. B
8. A
9. A
10. D
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