quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Avaliação com consulta - 1.º ANO (Ensino Médio)


Nome: _________________________________________________ _ N.º _____ 1.º ANO _____

Professora: ROSELI                                                                                                                    17 / 09 / 14

                               AVALIAÇÃO DE PORTUGUÊS COM CONSULTA (CADERNO, LIVRO)

Leia o poema a seguir e responda às questões 1 e 2:

 

E vê do mundo todo os principais
Que nenhum no bem público imagina;
Vê neles que não têm amor a mais
Que a si somente, e a quem Filáucia ensina;
Vê que esses que frequentam os reais
Paços, por verdadeira e sã doutrina
Vendem adulação, que mal consente
Mondar-se o novo trigo florescente.
Vê que aqueles que devem à pobreza
Amor divino, e ao povo caridade,
Amam somente mandos e riqueza,
Simulando justiça e integridade;
Da feia tirania e de aspereza
Fazem direito e vã severidade;
Leis em favor do Rei se estabelecem,
As em favor do povo só perecem.

 

1. O poema de Camões trata de uma circunstancia fundamental para os povos de todos os momentos – a moral dos homens públicos.

a) injustiça, egoísmo e fraude.                                  d) desconsideração, injustiça e autopromoção
b) cobiça, orgulho e preguiça.                                   e) ganância, gula e devassidão.
c) orgulho, inveja e egoísmo.

 

2. Uma das qualidades deste texto camoniano é dizer coisas que ultrapassam a sua temporalidade, ou seja, coisas que são universais ou pelo menos têm sentido além do tempo quando foram escritas.

Nestes termos, estabelecendo um dialogo do texto com as práticas sociais atuais, é correto dizer:

a) O novo sistema de previdência social acabou com as desigualdades nas aposentadorias brasileiras.
b) Para aprovar as leis de seus interesses, os governantes se valem dos interesses particulares dos legisladores.
c) O objetivo da reforma tributaria é reduzir a carga de impostos que aflige a população de baixa renda.
d) A aprovação da CPMF no Congresso Nacional tem como objetivo a unificação do sistema de saúde brasileiro.
e) A reforma agrária no Brasil deveu-se à intervenção dos senadores da República, enquanto representantes do MST.

3. Responda as questões a seguir:

a) Quem iniciou o Barroco no Brasil? Com que obra?

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b) Cite pelo menos quatro assuntos que o Padre Antônio Vieira abordou em seus Sermões.

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c) Cite quatro figuras de estilo (linguagem) empregados no Barroco.

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d) Cite os motivos do apelido “boca do inferno” que Gregório de Matos recebeu ao escrever seus poemas satíricos.

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4. Assinale a alternativa em que a sentença esteja correta:                                                              *

b) Ela tem péssimos hábitos. Porisso, evito a sua companhia.
c) Gente educada não gospe no chão.
d) A explosão produzida pelo dinamite assustou os moradores daquele bairro.
e) Nenhuma das alternativas.

 
5. Assinale a alternativa incorreta:

a) de repente, manguezal, malmequer, antivírus, honra, disenteria, ânsia, manjericão
b) hediondo, hezitar, desenteria, sextuplo, arquinimigo, assessor, de repente, astucioso
c) assessor, disenteria, bem-me-quer, delinquência, malmequer, antissocial, cochicho
d) hesitar, hediondo, malmequer, chuchu, caxumba, discordância, facção, essência
e) Nenhuma das Alternativas


Texto: Filhos de Estimação


Crianças de Rua

Leia o texto abaixo e redija uma dissertação, em prosa, discutindo as ideias nele contidas e o que elas significam para você. Defenda uma posição frente ao tema.

Filhos de estimação

"Li em algum lugar que uma entidade protetora de animais está oferecendo cães e gatos abandonados a pessoas de bom coração que queiram adotá-los. Os animais passaram por veterinário, estão ótimos de saúde, não oferecem perigo. Por que foram atirados à rua? Quem sabe porque as pessoas enjoam dos bichos quando eles crescem. Ou porque bicho dá trabalho. Não sei, porém, se vocês repararam os cachorros e gatos vagabundos estão diminuindo nas ruas. Era comum antes topar com dezenas de vira-latas perambulando pelas calçadas, muros e latas de lixo. Agora pouca gente usa lata para guardar lixo. O próprio lixo emagreceu, não tem mais a atração da fartura de desperdício de tempos atrás. Inflação, custo de vida, essas coisas. A captura municipal se aprimorou. A campanha de prevenção da raiva alertou os donos dos bichos. E os automóveis não perdoam cachorro e gato distraídos.

Para substituir esses animaizinhos desvalidos surgem novos bandos de crianças desgarradas em São Paulo. Se antes uma criança pedindo esmola chamava nossa atenção, hoje nós a olhamos com naturalidade e indiferença. Dar ou recusar uma nota, uma moeda, tornou-se um gesto maquinal.

Suponho que o destino desses guris esteja selado: eles acabarão na cadeia. Ou nos encostarão contra a parede a qualquer momento, o revólver em nosso peito.

             É possível que amanhã, com outro governo, o Brasil não seja um grande exportador de armas, mas passe a ser conhecido no mundo como um país de brio que deu às crianças esquálidas e tristes, não direi diploma de doutor, isso seria um enorme milagre inútil. Mas uma oportunidade de trabalho, ao menos isso, com um pagamento que lhes permita, depois de aprender uma profissão prática, ganhar a vida com o coração limpo e honestidade. Podemos sonhar acordados" Lourenço Diaféria (Jornal da Tarde, 26-09-84).

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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Barroco: resumo e atividade sobre o período literário

Leia o artigo: Barroco

O Barroco em Portugal desenvolveu-se do fim do sécu­lo XVI (1580, Domínio Espanhol) até a primeira metade do século XVIII (1756, Fundação da Arcádia Lusitana - Início do Arcadismo). Suas características mais peculiares firmaram-se, contudo, no século XVII, marcado pela decadência do país, pela perda da autonomia, pelo radicalismo, repressão e terror impostos pela Contra-Reforma Católica e pela reação nacionalista, inaugurada com a Restauração da autono­mia em 1640.

Síntese das características literárias do Barroco

Dualismo ou bifrontismo

É expressão de um homem repartido entre forças e princípios rivais: esta vida e a outra vida; o mundo daqui e o de além; o natural e o sobrenatural. O corpo tenta a alma e quer queimá-la com a paixão; a alma castiga o corpo pe­cador, castiga-o com fogo porque quer purificá-lo e redu­zi-lo a cinzas.

Desse espírito dualista decorrem: na Literatura, a so­brecarga de antíteses, paradoxos e oxímoros; na Pintura, o jogo de luz e sombra, de claro e escuro; na Escultura e na Arquitetura, a exacerbação dos contrastes alto-relevo e baixo-relevo, formas côncavas e convexas; na Música, os esquemas polifônicos geradores do contraponto e da fuga.

Fusionismo

É uma espécie de alquimia dos con­trários, visa a transformar toda diferença em oposição, toda oposição em simetria e toda simetria em identidade. O diferente torna-se idêntico, o outro torna-se o mesmo, como a imagem refletida no espelho, que contém em si o idêntico e o diferente, a igualdade invertida.

Pessimismo - dúvida e incerteza

Vivendo na órbita do medo e da dúvida, a arte barroca expressa uma visão desencantada do homem e do mundo. Retoma-se a concepção bíblica de que o homem é pó e ao pó reverterá. Como antes, na Idade Média, e depois, no Romantismo, a morte é uma preocupação constante, ao lado da dolorosa consciência da fugacidade do tempo e da incerteza da vida.

Feísmo

Rompendo o equilíbrio clássico, opondo-se à harmo­nia, sobriedade, simetria, clareza e elegância dos clás­sicos, o Barroco tem acentuada predileção pelos aspectos cruéis, dolorosos e sangrentos, pelo locus horrendus, subs­tituindo o locus amoenus. Há uma atração pelo "belo horrendo", pelo espetáculo trágico, deformando as imagens pelo exagero. Nessa direção, a intensidade, a violência e o impulso pessoal afastam o Barroco da disciplina clássica, impondo uma expressão tumultuada e turbulenta, próxima do Romantismo. O sublime e o grotesco, o idealismo puro e o erotismo escatológico são ainda formas extremas dessa concepção do homem como "santo pecador", como "anjo demoníaco".

Religiosidade

Época de violentos conflitos espirituais, a religio­sidade barroca é tensa, exacerbada e conflituosa. O misti­cismo, fanatizado pela atuação vigorosa da Igreja Católica Contra-Reformista, impõe a visão do homem como peca­dor imundo, que só se redime pela renúncia aos prazeres mundanos, pela fé, pela penitência e, no limite, pela auto-flagelação. Mas essa herança medieval, teocêntrica, esbar­ra no legado renascentista, racionalísta e antropocêntrico. Assim, o homem barroco tende a racionalizar a fé, a se va­ler de argumentos racionais na busca da salvação, mani­pulando, por meio dos recursos da lógica, os dogmas reli­giosos e as metáforas bíblicas na busca do perdão divino.

Particularismo

Ao contrário da arte clássica, que é universal em pro­jeções e uniforme nos traços, a arte barroca tende ao par­ticularismo, à valorização das coordenadas locais. Grosso modo, há duas grandes linhas no Barroco:

a que deriva do catolicismo contra-reformista e reflete a exacerbação do terror religioso (Santa Inquisição) e político (Absolutismo), chamada Barroco das Cortes Católicas, ou Ibérico-Jesuítico, prevalecente na Espanha, em Portugal (incluindo suas colônias) e na Itália; e

a que reflete o triunfo do protestantismo reformista e a emergência de uma burguesia capitalista forte e articulada, como ocorreu na Holanda e na Inglaterra — o chamado Barroco das Cortes Protestantes.

Nessas duas linhas estão contidas inúmeras denominações locais que a literatura seiscentista foi tomando: Marinismo (na Itália), Preciosismo (na Fran­ça), Eufuísmo (na Inglaterra), Silesianismo (na Alema­nha), Culteranismo, Gongorismo, Conceptismo e Quevedismo (na Espanha e em Portugal).

Atitude lúdica

Frequentemente os textos barrocos parecem pobres de conteúdo, vazios de mensagem, como se o artista, sem grandes certezas, estivesse mais preocupado em exibir suas habilidades verbais, surpreendendo o leitor pelo virtuosis­mo, pela engenhosidade, pelas associações inesperadas, pela construção de uma linguagem labiríntica, sobrecar­regada de sutilezas, trocadilhos, construções arrevesadas e imagens insólitas. O artista barroco não diz, sugere por meio de imagens. Sangue é o "rubi do corpo"; leque é o "zéfiro manual"; dentes podem ser "os marfins", "as pé­rolas" ou as "mobílias da boca"; lágrima é "o cristal dos olhos".

Abusando das figuras semânticas, sintáticas e so­noras, o estilo barroco é muitas vezes "pesado", hermé­tico, estéril, artificial, rebuscado, frívolo, afetado. Por isso, uma parte da crítica o via como "arte do mau gosto", "classicismo degenerado", fazendo eco à própria denomi­nação do estilo: barroco parece ter se originado do nome de uma região indiana que produzia em abundância um tipo especial de pérola, de superfície áspera, irregular, que apresentava "manchas" escuras. Essa região da índia, que os comerciantes chamavam Barróquia, teria originado barrueco (espanhol) e barroco (português), termo que passou a designar não só uma "pérola irregular", "defei­tuosa", "rara", "insólita", como um estilo artístico que, visto da tradição clássica da perfeição e equilíbrio, era um estilo "irregular", "defeituoso", "de estranho mau gosto".

Essa atitude lúdica (ludo = jogo) foi muito cultivada nas academias literárias da época, que abrigavam a elite letrada do século XVII. Nessas academias cultivavam-se: a frivolidade, o malabarismo verbal, a bajulação dos po­derosos e a exibição da habilidade na manipulação de pa­lavras e conceitos. Os acadêmicos dessa época notabiliza­ram-se como construtores de acrósticos, eméritos bajula­dores e glosadores de motes, como: "Amor com amor se paga e Amor com amor se apaga", "A uma dama que não sorria para mostrar a falta que tinha de um den­te", "os desmaios de uma dama", "o bolo podre e a con­seqüente disenteria". Pouco se aproveita dessa produção acadêmica.

Cultismo ou Gongorismo

É o aspecto do Barroco voltado para o jogo de pala­vras e imagens, para o rebuscamento da forma, para a orna­mentação exagerada, para o preciosismo vocabular, para a erudição minuciosa, enfim, para surpreender o leitor com a espantosa habilidade verbal do autor. Retrata a realidade de maneira indireta, realçando mais a forma de represen­tar que o representado.

É a vertente do Barroco que pro­cura envolver o leitor pelos estímulos sensoriais, descre­vendo o mundo por meio de sensações, especialmente as de cor e som, num estado de "delírio cromático". Esse pro­cesso de identificação (ilusória, sensorial, não-racional) apóia-se em metáforas, trocadilhos, paronomásias, perífrases ou circunlóquios, antíteses violentas, hipérboles, sinestesias, prosopopéias e gradações. Além desses processos semânticos, o autor barroco prefere inverter a ordem direta da frase, imitando a sintaxe latina. Daí a fre­quência dos hipérbatos. Vale-se ainda, no plano sintático, de omissões (elipses e zeugmas) e de repetições (anáforas, epístrofes, anadiploses e quiasmos). No plano sono­ro, o Barroco não economiza aliterações, assonâncias, ecos e coliterações. Não cabe aqui estudarmos todos esses recursos da linguagem cultista ou gongórica, o que fare­mos à medida que forem aparecendo nos textos que sele­cionamos.

Conceptismo ou Quevedismo

E o aspecto do Barroco voltado para o jogo de idéias, para a argumentação sutil que visa a convencer pelo racio­cínio. Configura uma atitude mais intelectual, destinada a reconhecer e conceituar os objetos. Enquanto o cultismo procura descrever, apreender o como dos objetos, por meio da captação de seus aspectos sensoriais (contorno, forma, cor, volume), o conceptismo pesquisa a essência dos ob­jetos, quer saber o que são, buscando apreender a face ocul­ta das coisas, apenas acessível ao pensamento, ou seja, aos conceitos. Evitando a aparência brilhante do cultismo, o conceptismo economiza palavras e imagens e opera os mecanismos da Lógica (silogismos, sofismas, paradoxos etc), postos a serviço principalmente da religião. Daí sua maior presença na oratória sacra (Pe. Vieira, Pe. Manuel Bernardes) e na poesia religiosa (Gregório de Matos).

Apesar de distintos, cultismo e conceptismo são faces de uma mesma moeda chamada Barroco. Como observa Dámaso Alonso:

essa paixão barroca, poderíamos dizer que o Gongorismo a expressa como uma labareda para fora e o Conceptismo como uma reconcentração para dentro.

Baltazar Gracián, autor de Agudeza y Arte de Engenio e grande teórico do conceptismo espanhol, definia assim as sutilezas do raciocínio conceptista:

Sem mentir, não dizer todas as verdades; não há coisa que requeira mais esperteza que a verdade, que é um sangrar do coração; tanto é importante sabê-la dizer como sabê-la calar (...) nem todas as verdades se podem dizer; umas porque importam a mim; outras porque importam ao outro.

É possível encontrar no mesmo texto barroco ele­mentos cultistas e conceptistas. Na prática, nem sempre as fronteiras entre ambos é nítida, daí a grande confusão que alguns manuais escolares trazem na caracterização dessas duas vertentes: ou, de forma simplista, identificam cultis­mo apenas na poesia e conceptismo apenas na prosa, ou classificam erroneamente os textos que usam como exem­plos. É notório que, quando se joga com idéias (concep­tismo), em alguma medida é necessário jogar também com as palavras (cultismo), que expressam essas ideias. Da mes­ma forma, quando se joga com as palavras (cultismo), em alguma medida se joga também com as ideias (conceptis­mo) que articulam as imagens em torno de um sentido. Temos aí mais um aspecto do dualismo barroco, que quer, ao mesmo tempo, descrever o mundo pelos sentidos e com­preendê-lo por meio da razão.

Refletindo a influência dos modelos espanhóis, o cul­tismo em Portugal e, por extensão, no Brasil, denomina-se Gongorismo, palavra derivada de Luís de Góngora y Argote (1561-1627), nome do maior poeta barroco espa­nhol. Da mesma forma, o conceptismo é também conhe­cido por Quevedismo, em alusão ao poeta Francisco Quevedo y Villegas (1580-1645), cuja produção lírica, sa­cra e satírica influenciou fortemente, entre outros, o nosso Gregório de Matos.

Questões:


01. (UNIV. CAXIAS DO SUL) Escolha a alternativa que completa de forma correta a frase abaixo:

A linguagem ______, o paradoxo, ________ e o registro das impressões sensoriais são recursos lingüísticos presentes na poesia ________.

a) simples; a antítese; parnasiana.
b) rebuscada; a antítese; barroca.
c) objetiva; a metáfora; simbolista.
d) subjetiva; o verso livre; romântica.
e) detalhada; o subjetivismo; simbolista.

02. (MACKENZIE-SP) Assinale a alternativa incorreta:

a) Na obra de José de Anchieta, encontram-se poesias que seguem a tradição medieval e textos para teatro com clara intenção catequista.
b) A literatura informativa do Quinhentismo brasileiro empenha-se em fazer um levantamento da terra, daí ser predominantemente descritiva.
c) A literatura seiscentista reflete um dualismo:o ser humano dividido entre a matéria e o espírito, o pecado e o perdão.
d) O Barroco apresenta estados de alma expressos através de antíteses, paradoxos, interrogações.
e) O conceptismo caracteriza-se pela linguagem rebuscada, culta, extravagante, enquanto o cultismo é marcado pelo jogo de idéias, seguindo um raciocínio lógico, racionalista.

03. Com referência ao Barroco, todas as alternativas são corretas, exceto:

a) O Barroco estabelece contradições entre espírito e carne, alma e corpo, morte e vida.
b) O homem centra suas preocupações em seu próprio ser, tendo em mira seu aprimoramento, com base na cultura greco-latina.
c) O Barroco apresenta, como característica marcante, o espírito de tensão, conflito entre tendências opostas: de um lado, o teocentrismo medieval e, de outro, o antropocentrismo renascentista.
d) A arte barroca é vinculada à Contra-Reforma.
e) O barroco caracteriza-se pela sintaxe obscura, uso de hipérbole e de metáforas.

04. (VUNESP)

Ardor em firme coração nascido;
pranto por belos olhos derramado;
incêndio em mares de água disfarçado;
rio de neve em fogo convertido:
tu, que em um peito abrasas escondido;
tu, que em um rosto corres desatado;
quando fogo, em cristais aprisionado;
quando crista, em chamas derretido.
Se és fogo, como passas brandamente,
se és fogo, como queimas com porfia?
Mas ai, que andou Amor em ti prudente!
Pois para temperar a tirania,
como quis que aqui fosse a neve ardente,
permitiu parecesse a chama fria.

O texto pertencente a Gregório de Matos e apresenta todas seguintes características:

a) Trocadilhos, predomínio de metonímias e de símiles, a dualidade temática da sensualidade e do refreamento, antíteses claras dispostas em ordem direta.
b) Sintaxe segundo a ordem lógica do Classicismo, a qual o autor buscava imitar, predomínio das metáforas e das antíteses, temática da fugacidade do tempo e da vida.
c) Dualidade temática da sensualidade e do refreamento, construção sintática por simétrica por simetrias sucessivas, predomínio figurativo das metáforas e pares antitéticos que tendem para o paradoxo.
d) Temática naturalista, assimetria total de construção, ordem direta predominando sobre a ordem inversa, imagens que prenunciam o Romantismo.
e) Verificação clássica, temática neoclássica, sintaxe preciosista evidente no uso das síntese, dos anacolutos e das alegorias, construção assimétrica.

05. A respeito de Gregório de Matos, assinale a alternativa, incorreta:

a) Alguns de seus sonetos sacros e líricos transpõem, com brilho, esquemas de Gôngora e de Quevedo.

b) Alma maligna, caráter rancoroso,relaxado por temperamento e costumes, verte fel em todas as suas sátiras.
c) Na poesia sacra, o homem não busca o perdão de Deus; não existe o sentimento de culpa, ignorando-se a busca do perdão divino.
d) As suas farpas dirigiam-se de preferência contra os fidalgos caramurus.
e) A melhor produção literária do autor é constituída de poesias líricas, em que desenvolve temas constantes da estática barroca, como a transitoriedade da vida e das coisas.

Texto para as questões 06 a 08

À INSTABILIDADE DAS COUSAS DO MUNDO

Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em continuas tristezas a alegrias,

Porém, se acaba o Sol, por que nascia?
Se é tão formosa a Luz, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto, da pena assim se fia?

Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria, sinta-se triste.
Começa o Mundo enfim pela ignorância
A firmeza somente na inconstância.

06. No texto predominaram as imagens:

a) olfativas;            b) gustativas;             c) auditivas;               d) táteis;              e) visuais.

07. A idéia central do texto é:

a) a duração efêmera de todas as realidades do mundo;
b) a grandeza de Deus e a pequenez humana;
c) os contrastes da vida;
d) a falsidade das aparências;
e) a duração prolongada do sofrimento.

08. Qual é o elemento barroco mais característico da 1ª estrofe?

a) disposição antitética da frase;
b) cultismo;
c) estrutura bimembre;
d) concepção teocênctrica;
e) estrutura correlativa, disseminativa e recoletiva.

09. (SANTA CASA) A preocupação com a brevidade da vida induz o poeta barroco a assumir uma atitude que:

a) descrê da misericórdia divina e contesta os valores da religião;
b) desiste de lutar contra o tempo, menosprezando a mocidade e a beleza;
c) se deixa subjugar pelo desânimo e pela apatia dos céticos;
d) se revolta contra os insondáveis desígnios de Deus;
e) quer gozar ao máximo seus dias, enquanto a mocidade dura.

10. (UEL) Identifique a afirmação que se refere a Gregório de Matos:

a) No seu esforço da criação a comédia brasileira, realiza um trabalho de crítica que encontra seguidores no Romantismo e mesmo no restante do século XIX.

b) Sua obra é uma síntese singular entre o passado e o presente: ainda tem os torneios verbais do Quinhentismo português, mas combina-os com a paixão das imagens pré-românticas.

c) Dos poetas arcádicos eminentes, foi sem dúvida o mais liberal, o que mais claramente manifestou as idéias da ilustração francesa.

d) Teve grande capacidade em fixar num lampejo os vícios, os ridículos, os desmandos do poder local, valendo-se para isso do engenho artificioso que caracteriza o estilo da época.

e) Sua famosa sátira à autoridade portuguesa na Minas do chamado ciclo do ouro é prova de que seus talento não se restringia ao lirismo amoroso.

Resumo da disciplina de Português para o Ensino Médio - Enem

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Texto: O Peru de Natal

                                      
Mário de Andrade


O nosso primeiro Natal de família, depois da morte de meu pai acontecida cinco meses antes, foi de conseqüências decisivas para a felicidade familiar. Nós sempre fôramos familiarmente felizes, nesse sentido muito abstrato da felicidade: gente honesta, sem crimes, lar sem brigas internas nem graves dificuldades econômicas. Mas, devido principalmente à natureza cinzenta de meu pai, ser desprovido de qualquer lirismo, de uma exemplaridade incapaz, acolchoado no medíocre, sempre nos faltara aquele aproveitamento da vida, aquele gosto pelas felicidades materiais, um vinho bom, uma estação de águas, aquisição de geladeira, coisas assim. Meu pai fora de um bom errado, quase dramático, o puro-sangue dos desmancha-prazeres.

Morreu meu pai, sentimos muito, etc. Quando chegamos nas proximidades do Natal, eu já estava que não podia mais pra afastar aquela memória obstruente do morto, que parecia ter sistematizado pra sempre a obrigação de uma lembrança dolorosa em cada almoço, em cada gesto mínimo da família. Uma vez que eu sugerira à mamãe a idéia dela ir ver uma fita no cinema, o que resultou foram lágrimas. Onde se viu ir ao cinema, de luto pesado! A dor já estava sendo cultivada pelas aparências, e eu, que sempre gostara apenas regularmente de meu pai, mais por instinto de filho que por espontaneidade de amor, me via a ponto de aborrecer o bom do morto.

Foi decerto por isto que me nasceu, esta sim, espontaneamente, a idéia de fazer uma das minhas chamadas "loucuras". Essa fora aliás, e desde muito cedo, a minha esplêndida conquista contra o ambiente familiar. Desde cedinho, desde os tempos de ginásio, em que arranjava regularmente uma reprovação todos os anos; desde o beijo às escondidas, numa prima, aos dez anos, descoberto por Tia Velha, uma detestável de tia; e principalmente desde as lições que dei ou recebi, não sei, de uma criada de parentes: eu consegui no reformatório do lar e na vasta parentagem, a fama conciliatória de "louco". "É doido, coitado!" falavam. Meus pais falavam com certa tristeza condescendente, o resto da parentagem buscando exemplo para os filhos e provavelmente com aquele prazer dos que se convencem de alguma superioridade. Não tinham doidos entre os filhos. Pois foi o que me salvou, essa fama. Fiz tudo o que a vida me apresentou e o meu ser exigia para se realizar com integridade. E me deixaram fazer tudo, porque eu era doido, coitado. Resultou disso uma existência sem complexos, de que não posso me queixar um nada.

Era costume sempre, na família, a ceia de Natal. Ceia reles, já se imagina: ceia tipo meu pai, castanhas, figos, passas, depois da Missa do Galo. Empanturrados de amêndoas e nozes (quanto discutimos os três manos por causa dos quebra-nozes...), empanturrados de castanhas e monotonias, a gente se abraçava e ia pra cama. Foi lembrando isso que arrebentei com uma das minhas "loucuras":

— Bom, no Natal, quero comer peru.

Houve um desses espantos que ninguém não imagina. Logo minha tia solteirona e santa, que morava conosco, advertiu que não podíamos convidar ninguém por causa do luto.

— Mas quem falou de convidar ninguém! essa mania... Quando é que a gente já comeu peru em nossa vida! Peru aqui em casa é prato de festa, vem toda essa parentada do diabo...

— Meu filho, não fale assim...

— Pois falo, pronto!
E descarreguei minha gelada indiferença pela nossa parentagem infinita, diz-que vinda de bandeirantes, que bem me importa! Era mesmo o momento pra desenvolver minha teoria de doido, coitado, não perdi a ocasião. Me deu de sopetão uma ternura imensa por mamãe e titia, minhas duas mães, três com minha irmã, as três mães que sempre me divinizaram a vida. Era sempre aquilo: vinha aniversário de alguém e só então faziam peru naquela casa. Peru era prato de festa: uma imundície de parentes já preparados pela tradição, invadiam a casa por causa do peru, das empadinhas e dos doces. Minhas três mães, três dias antes já não sabiam da vida senão trabalhar, trabalhar no preparo de doces e frios finíssimos de bem feitos, a parentagem devorava tudo e ainda levava embrulhinhos pros que não tinham podido vir. As minhas três mães mal podiam de exaustas. Do peru, só no enterro dos ossos, no dia seguinte, é que mamãe com titia ainda provavam num naco de perna, vago, escuro, perdido no arroz alvo. E isso mesmo era mamãe quem servia, catava tudo pro velho e pros filhos. Na verdade ninguém sabia de fato o que era peru em nossa casa, peru resto de festa.
Não, não se convidava ninguém, era um peru pra nós, cinco pessoas. E havia de ser com duas farofas, a gorda com os miúdos, e a seca, douradinha, com bastante manteiga. Queria o papo recheado só com a farofa gorda, em que havíamos de ajuntar ameixa preta, nozes e um cálice de xerez, como aprendera na casa da Rose, muito minha companheira. Está claro que omiti onde aprendera a receita, mas todos desconfiaram. E ficaram logo naquele ar de incenso assoprado, se não seria tentação do Dianho aproveitar receita tão gostosa. E cerveja bem gelada, eu garantia quase gritando. É certo que com meus "gostos", já bastante afinados fora do lar, pensei primeiro num vinho bom, completamente francês. Mas a ternura por mamãe venceu o doido, mamãe adorava cerveja.

Quando acabei meus projetos, notei bem, todos estavam felicíssimos, num desejo danado de fazer aquela loucura em que eu estourara. Bem que sabiam, era loucura sim, mas todos se faziam imaginar que eu sozinho é que estava desejando muito aquilo e havia jeito fácil de empurrarem pra cima de mim a... culpa de seus desejos enormes. Sorriam se entreolhando, tímidos como pombas desgarradas, até que minha irmã resolveu o consentimento geral:
É louco mesmo!...

Comprou-se o peru, fez-se o peru, etc. E depois de uma Missa do Galo bem mal rezada, se deu o nosso mais maravilhoso Natal. Fora engraçado:assim que me lembrara de que finalmente ia fazer mamãe comer peru, não fizera outra coisa aqueles dias que pensar nela, sentir ternura por ela, amar minha velhinha adorada. E meus manos também, estavam no mesmo ritmo violento de amor, todos dominados pela felicidade nova que o peru vinha imprimindo na família. De modo que, ainda disfarçando as coisas, deixei muito sossegado que mamãe cortasse todo o peito do peru. Um momento aliás, ela parou, feito fatias um dos lados do peito da ave, não resistindo àquelas leis de economia que sempre a tinham entorpecido numa quase pobreza sem razão.

— Não senhora, corte inteiro! Só eu como tudo isso!

Era mentira. O amor familiar estava por tal forma incandescente em mim, que até era capaz de comer pouco, só-pra que os outros quatro comessem demais. E o diapasão dos outros era o mesmo. Aquele peru comido a sós, redescobria em cada um o que a quotidianidade abafara por completo, amor, paixão de mãe, paixão de filhos. Deus me perdoe mas estou pensando em Jesus... Naquela casa de burgueses bem modestos, estava se realizando um milagre digno do Natal de um Deus. O peito do peru ficou inteiramente reduzido a fatias amplas.

— Eu que sirvo!

"É louco, mesmo" pois por que havia de servir, se sempre mamãe servira naquela casa! Entre risos, os grandes pratos cheios foram passados pra mim e principiei uma distribuição heróica, enquanto mandava meu mano servir a cerveja. Tomei conta logo de um pedaço admirável da "casca", cheio de gordura e pus no prato. E depois vastas fatias brancas. A voz severizada de mamãe cortou o espaço angustiado com que todos aspiravam pela sua parte no peru:

— Se lembre de seus manos, Juca!

Quando que ela havia de imaginar, a pobre! que aquele era o prato dela, da Mãe, da minha amiga maltratada, que sabia da Rose, que sabia meus crimes, a que eu só lembrava de comunicar o que fazia sofrer! O prato ficou sublime.

Mamãe, este é o da senhora! Não! não passe não!

Foi quando ela não pode mais com tanta comoção e principiou chorando. Minha tia também, logo percebendo que o novo prato sublime seria o dela, entrou no refrão das lágrimas. E minha irmã, que jamais viu lágrima sem abrir a torneirinha também, se esparramou no choro. Então principiei dizendo muitos desaforos pra não chorar também, tinha dezenove anos... Diabo de família besta que via peru e chorava! coisas assim. Todos se esforçavam por sorrir, mas agora é que a alegria se tornara impossível. É que o pranto evocara por associação a imagem indesejável de meu pai morto. Meu pai, com sua figura cinzenta, vinha pra sempre estragar nosso Natal, fiquei danado.

Bom, principiou-se a comer em silêncio, lutuosos, e o peru estava perfeito. A carne mansa, de um tecido muito tênue boiava fagueira entre os sabores das farofas e do presunto, de vez em quando ferida, inquietada e redesejada, pela intervenção mais violenta da ameixa preta e o estorvo petulante dos pedacinhos de noz. Mas papai sentado ali, gigantesco, incompleto, uma censura, uma chaga, uma incapacidade. E o peru, estava tão gostoso, mamãe por fim sabendo que peru era manjar mesmo digno do Jesusinho nascido.

Principiou uma luta baixa entre o peru e o vulto de papai. Imaginei que gabar o peru era fortalecê-lo na luta, e, está claro, eu tomara decididamente o partido do peru. Mas os defuntos têm meios visguentos, muito hipócritas de vencer: nem bem gabei o peru que a imagem de papai cresceu vitoriosa, insuportavelmente obstruidora.

— Só falta seu pai...

Eu nem comia, nem podia mais gostar daquele peru perfeito, tanto que me interessava aquela luta entre os dois mortos. Cheguei a odiar papai. E nem sei que inspiração genial, de repente me tornou hipócrita e político. Naquele instante que hoje me parece decisivo da nossa família, tomei aparentemente o partido de meu pai. Fingi, triste:

— É mesmo... Mas papai, que queria tanto bem a gente, que morreu de tanto trabalhar pra nós, papai lá no céu há de estar contente... (hesitei, mas resolvi não mencionar mais o peru) contente de ver nós todos reunidos em família.

E todos principiaram muito calmos, falando de papai. A imagem dele foi diminuindo, diminuindo e virou uma estrelinha brilhante do céu. Agora todos comiam o peru com sensualidade, porque papai fora muito bom, sempre se sacrificara tanto por nós, fora um santo que "vocês, meus filhos, nunca poderão pagar o que devem a seu pai", um santo. Papai virara santo, uma contemplação agradável, uma inestorvável estrelinha do céu. Não prejudicava mais ninguém, puro objeto de contemplação suave. O único morto ali era o peru, dominador, completamente vitorioso.

Minha mãe, minha tia, nós, todos alagados de felicidade. Ia escrever «felicidade gustativa», mas não era só isso não. Era uma felicidade maiúscula, um amor de todos, um esquecimento de outros parentescos distraidores do grande amor familiar. E foi, sei que foi aquele primeiro peru comido no recesso da família, o início de um amor novo, reacomodado, mais completo, mais rico e inventivo, mais complacente e cuidadoso de si. Nasceu de então uma felicidade familiar pra nós que, não sou exclusivista, alguns a terão assim grande, porém mais intensa que a nossa me é impossível conceber.

Mamãe comeu tanto peru que um momento imaginei, aquilo podia lhe fazer mal. Mas logo pensei: ah, que faça! mesmo que ela morra, mas pelo menos que uma vez na vida coma peru de verdade!

A tamanha falta de egoísmo me transportara o nosso infinito amor... Depois vieram umas uvas leves e uns doces, que lá na minha terra levam o nome de "bem-casados". Mas nem mesmo este nome perigoso se associou à lembrança de meu pai, que o peru já convertera em dignidade, em coisa certa, em culto puro de contemplação.

Levantamos. Eram quase duas horas, todos alegres, bambeados por duas garrafas de cerveja. Todos iam deitar, dormir ou mexer na cama, pouco importa, porque é bom uma insônia feliz. O diabo é que a Rose, católica antes de ser Rose, prometera me esperar com uma champanha. Pra poder sair, menti, falei que ia a uma festa de amigo, beijei mamãe e pisquei pra ela, modo de contar onde é que ia e fazê-la sofrer seu bocado. As outras duas mulheres beijei sem piscar. E agora, Rose!...

Mário de Andrade
(1893-1945), nasceu em São Paulo, mostrando desde cedo inclinação pela música e literatura. Seu interesse pelas artes levou-o a realizar em São Paulo, de parceria com Oswald de Andrade, a Semana de Arte Moderna, que rasgou novas perspectivas para a cultura brasileira. Sua obra, essencialmente brasileira, reflete um nacionalismo humanista, que nada tem de místico e abstrato. "Macunaíma", baseada em temas folclóricos é, geralmente, considerada a sua obra-prima.

Dom Casmurro - livro em PDF

                                                             

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                  Boa leitura!




http://machado.mec.gov.br/images/stories/pdf/romance/marm08.pdf